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Foto do escritorTiãozinho Safrater

MÃOS NO PANO

mãos no pano - cetecc

Histórias de mulheres e suas relações com a arte da costura que se potencializam no projeto MÃOS NO PANO

Há um pouco de poesia no vai e vem de uma agulha e muita prosa no fio da história da costura.


Intimamente ligada à existência e resistência das roupas no desenrolar da linha do tempo, a costura foi e é, ainda hoje, a razão de ser de muitos profissionais, principalmente das mulheres, historicamente falando.


Nas confecções, nos ateliês de alta-costura ou na vizinhança do bairro, seu ofício é nobre e atravessa gerações, no artesanal ou no industrial, dando forma ao vestir e ao se expressar através da moda.


A história da costura está intrinsecamente ligada à evolução das sociedades ao longo do tempo. Ela reflete as mudanças nas culturas, estilos de vida, valores e identidades ao longo das eras.


Fomos acompanhar como tem sido as experiências das alunas do projeto Mãos no Pano, que há cerca de 3 anos têm aulas em módulos preparatórios no ofício da costura. Mãos no Pano é um projeto de geração de receita, renda e capacitação profissional da SAFRATER, visa também a recuperação e reaproveitamento de vestuário, buscando a preservação do meio ambiente, a redução do desperdício, por intermédio da educação e prática da sustentabilidade. O Mãos no Pano tem a preocupação especial com a formação profissional de mulheres que, tanto nesta comunidade como em outras de periferia, são arrimos de família e, portanto, necessitam de oportunidades de profissionalização e geração de renda, além de canais de comercialização para sua produção. Os cursos e materiais necessários são disponibilizados para as alunas sem nenhum custo e as aulas são ministradas por quem tem vasta experiência na área.


Ao entrar no atelier do Mãos no Pano, somos envolvidos pela magia do ambiente, tecidos coloridos, prateleiras com linhas e o inconfundível som dos motores das máquinas de costura manuseadas por mulheres atentas e concentradas no vai e vem da agulhas na criação de suas costuras.


Rosimeire Santos é professora desde o início do projeto, com formação no SENAC, SENAI e SIGBOL revela que sua maior experiência de formação foi no chão de fábrica, aonde tudo acontece e é possível acompanhar todos os processos da indústria têxtil. Ela conta ainda que hoje o perfil das alunas é formado por mulheres entre 45 e 70 anos, que buscam o desenvolvimento de uma nova habilidade com possiblidade de geração de renda. Outras também acabam fazendo os reparos para os familiares, amigos e vizinhos, e naturalmente acabam em algum momento cobrando pelo serviço de acordo com a complexidade. Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico e das pespectivas de automação e robótica na indústria têxtil, as máquinas de costura profissionais têm a mesma dinâmica operacional, o que faz de fato a diferença é o profissional, o que torna a formação profissional em costura uma área com muitas oportunidades tanto de trabalho autônomo como em empresas.



Costurar é uma arte que pode se tornar uma profissão bem remunerada. O costureiro (a), para exercer bem esta atividade, deve ter conhecimentos técnicos que lhe permitam a criação e a confecção de peças de vestuário. Como costureiro (a), você pode organizar o seu horário de trabalho da forma que lhe convier e ter retornos financeiros imediatos. Também poderá costurar para si e sua família, o que pode representar boa economia. Para montar seu próprio ateliê, os equipamentos e utensílios necessários são relativamente baratos.


Reinventando, redescobrindo e resignificando por meio da costura

São muitas histórias que trouxeram cada uma das beneficiadas para o projeto Mãos no Pano, algumas delas nunca tinham tido contato com a costura e foi um redescobrir de possibilidade de aprender depois de toda uma vida. Outras já tinham algum contato com a costura mas de forma muito básica. A Professora Rosemeire é linha dura, dizem as beneficiadas, se tiver que refazer quantas vezes for vão refazer até ficar certinho. Com essa oportunidade de aprender com uma profissional experiente elas vão ganhando confiança a cada dia. Além do aprendizado profissional, o grupo aprende com as trocas de experiências de vida, criam cumplicidades, fortalecem seus laços, ganham força e ressignificam suas vidas com a nova habilidade. Com o que aprendem elas costuram primeiro para os familiares, que é uma forma de cuidado muito especial, pregar aquele botão, fazer uma barra, dar um pontinho aqui e ali para deixar a roupa de novo pronta para uso. Outras já atendem encomendas no bairro e recebem por isso, e de boca em boca vão aumentando as suas rendas.




O Projeto Mãos no Pano tem vagas limitadas e no momento todas estão preenchidas, há um trabalho no sentido de ampliar o projeto para atender mais pessoas, para saber mais ou ainda contribuir para o Mãos no Pano, entre em contato com a Secretaria Geral da Safrater no telefone 11 96577-7468.


Algumas dicas para montar o seu ateliê de costura

Você pode começar, simplesmente, com uma máquina de costura doméstica, tesouras, fita métrica e utensílios simples. Outra opção é trabalhar em confecções. No Brasil, o setor de confecções é grande gerador de empregos. Se você for bom profissional, poderá conseguir ótima colocação no mercado de trabalho.


Se pretende montar um ateliê, você tem de saber a importância da relação com os clientes para o sucesso de sua profissão, entre as quais citam-se a importância do autocontrole; de nunca fazer promessas que não pode cumprir (principalmente, relativas ao prazo de entrega); saber ouvir com atenção; não fazer críticas e prejulgamentos; e se interessar por seus clientes. Cada cliente deve ser visto como único, e você deve se esforçar ao máximo para atender suas necessidades e para isso, deve conhecê-lo.












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