top of page

Em visita ao “esconderijo” de Anne Frank, alunos do CETECC refletem sobre os extremos da INTOLERÂNCIA

  • Foto do escritor: Tiãozinho Safrater
    Tiãozinho Safrater
  • 29 de jul.
  • 3 min de leitura

CETECC


Alunos do Curso de Comunicação e Expressão do CETECC, na exposição Anne Frank
Alunos do Curso de Comunicação e Expressão do CETECC, na exposição Anne Frank
ree

Uma imersão em um momento da história que jamais

deve se repetir. Assim foi a visita dos alunos do curso de Comunicação e Expressão do CETECC (Centro de Educação e Tecnologia da Casa do Caminho) à exposição “Anne Frank: Deixem-nos Ser”, que esteve em cartaz até maio na Unibes Cultural, em São Paulo. Acompanhados pelos jornalistas André Sales e Beth Matias, coordenadores do curso, os estudantes, adultos e jovens, mergulharam em uma réplica do ambiente onde foi escrito o diário que se tornou um dos testemunhos mais tocantes do Holocausto de judeus na 2ª Guerra Mundial.


A visita fez parte de um projeto pedagógico que envolve a leitura do livro “O Diário de Anne Frank” durante as aulas do curso. Criado em 2014, o curso de Comunicação e Expressão do CETECC busca, por meio da capacitação em leitura, escrita e oralidade, fortalecer não apenas habilidades comunicativas, mas também o senso crítico, a empatia e a cidadania dos participantes.


“A proposta da visita foi proporcionar uma imersão na história do Holocausto, transitando pelas dependências do Anexo Secreto.”

ree

A exposição recria, de forma precisa e sensível, o Anexo Secreto, onde Anne e sua família viveram escondidos por mais de dois anos, além de apresentar painéis interativos, imagens históricas e obras artísticas contemporâneas que dialogam com os direitos humanos e a diversidade.

“A proposta da visita foi proporcionar uma imersão na história do Holocausto, transitando pelas dependências do Anexo Secreto. Os alunos puderam ver de perto o que antes apenas imaginavam ou viam no filme que também estamos assistindo no curso, acompanhando os trechos do livro lidos em cada aula. Esse contato torna o aprendizado mais profundo e humano”, explica André Sales.


ree

A troca de olhares, os silêncios respeitosos durante o percurso e as conversas que se seguiram confirmam que a visita não foi apenas educativa, mas transformadora. Alguns alunos foram impactados pelo sentimento claustrofóbico do “Anexo”. Outros colocaram-se no lugar dos pais e da própria Anne. Muitos desconheciam os costumes da religião judaica.


“A leitura do diário já é por si só transformadora, mas quando eles pisaram no espaço do Anexo, viram os objetos, os retratos, e se deram conta de que aquela adolescente existiu de verdade — algo se desloca dentro deles. Eles passam a compreender que a palavra escrita pode atravessar séculos, tocar consciências e mudar mundos. Entender o nosso passado faz com que respeitemos o futuro”, diz Beth Matias.


De volta ao curso, nas aulas seguintes, os estudantes fizeram entrevistas com os colegas, que foram transformadas em apresentações, feitas para a classe – exercitando as capacidades de observação, interpretação e expressão oral e visual.


“A leitura do diário já é por si só transformadora, mas quando eles pisaram no espaço do Anexo, viram os objetos, os retratos, e se deram conta de que aquela adolescente existiu de verdade — algo se desloca dentro deles.”

ree

Em relatos emocionantes, os alunos comunicaram seus aprendizados e sentimentos de indignação, solidariedade e esperança. “Vivenciar a exposição e a obra fez o grupo pensar sobre onde pode nos levar a intolerância. A história de Anne não é só do passado, ela serve de alerta”, aponta Sales.


O CETECC é uma das obras sociais da Sociedade de Amparo Fraterno (Safrater), organização mantida pela Casa do Caminho e que há décadas atua na formação integral de crianças, jovens e adultos, na região de Americanópolis (zona Sul de São Paulo), por meio de cursos profissionalizantes, apoio escolar e iniciativas de valorização humana. Com aulas semanais, o curso de Comunicação e Expressão é conduzido por profissionais voluntários comprometidos com a missão de promover o desenvolvimento da linguagem como ferramenta de autonomia e transformação social. “A boa comunicação vai além de falar ou escrever bem. É exercer o direito de dizer eu existo, eu penso, eu participo”, conclui André Sales. A Safrater e a Casa do Caminho, com seus projetos e voluntários dedicados, seguem firmes no propósito de iluminar vidas por meio do acolhimento e da educação. E a cada aula, a cada leitura, a cada visita como essa, novas janelas se abrem para que mais vozes possam se erguer — e ecoar, como a de Anne, em favor da paz, da justiça e da esperança.

ree

 
 
 

Comentários


Sociedade de Amparo Fraterno Casa do Caminho -  SAFRATER

(11) 2537-6492 / 5084-9058 

Cel e WhatsApp

(11) 99971-7334

  • LinkedIn Safrater
  • Instagram Safrater
  • Facebook Safater
bottom of page