Depois de muita espera, uma volta triunfante celebrando resultados e aprendizados valiosos

Arraiá da Safrater e Casa do Caminho


Todas as cores de um reencontro muito especial repleto de alegrias
Quem acompanha a história da Safrater sabe da importância da Festa Junina celebrada todos os anos ao longo de décadas, tanto nos aspectos de integração e confraternização entre todos os agentes que compõm a OSC, como no evento enquanto arrecadação para reverter nas obras sociais da própria Safrater. O CETECC foi palco de muitas festas juninas, o pátio central se transforma em um grande arraiá com barracas, música e muita alegria. Em 2020, com o advento da pandemia do coronavírus, todos os eventos presenciais foram interrompidos, inclusive as festas juninas. Não faltaram esforços para de alguma forma fazer chegar às pessoas a energia da festa junina e contar com a ajuda de todos para as obras sociais, por isso foram criadas acões alternativas e seguras para que Kits de Festa Junina da Safrater trouxessem o calor para ambos os lados durante os anos de restricões que se sucederam.
Participação muito especial de Zeca Baleiro que junto com músicos animaram o arraiá com músicas típicas mas em uma levada de forró que agitou o salão.


Enfim em 2023 a Festa Junina da Safrater e da Casa do Caminho pode novamente trazer as alegrias que tanto sentimos falta, tudo de forma muito especial pois esse ano o arraiá foi no Clube do Círculo Militar de São Paulo. Antes de continuar vamos relembrar um pouco de como surgiu a tradição das festas juninas. A ideia de festa junina chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses durante o período de colonização, no século 16. Na época, a honraria aos três santos juninos era marcada por procissões, missas, danças e comemorações populares. Ao longo do tempo, porém, as festas juninas no Brasil foram também influenciadas pelas tradições indígenas e afro-brasileiras, incorporando elementos culturais locais, segundo informa um artigo publicado no blog da Universidade de São Paulo intitulado “Festas juninas: origem e celebração”.

De acordo com o texto, a cultura indígena contribuiu com elementos como o uso de fogueiras e rituais relacionados à agricultura e à fertilidade, conversando com os elementos pagãos europeus que ainda eram encontrados nas manifestações populares.
Já a influência africana trouxe as danças, músicas e instrumentos típicos, como o tambor e a zabumba, que se tornaram parte essencial das festas juninas brasileiras contemporâneas.

Na festa junina da Safrater e Casa do Caminho não faltaram essas tradições, o evento contou com atracões muito especiais, a começar pela participação de Zeca Baleiro que junto com músicos animaram o arraiá com músicas típicas mas em uma levada de forró que agitou o salão. Com simplicidade e alegria Zeca Baleiro deu um show ficando bem pertinho dos participantes. As atrações da festa seguiram com apresentação de quadrilhas e de dança Carinbó, organizadas pelos educadores e coordenadores com participação dos grupos 3, 5 e 6 do CCA. As apresentações foram muito emocionantes, para essas crianças e adolescentes beneficiários da Safrater, participar desse evento e terem esse protagonismo é um momento único.

Antes de chegarem ali eles conheceram as origens da festa, estudaram, ensaiaram, foram contagiados pela alegria de levarem o que aprenderam para centenas de pessoas, muitos deles jamais teriam essa oportunidade se não fosse a Safrater.
O evento também celebra um encontro precioso que é preciso levar a luz, Casa do Caminho e Safrater podem ver claramente os resultados dos esforços que fazem diariamente, as pessoas que há 50 anos tiveram um sonho onde auxílio espiritual e o auxílio material deveriam andar juntos se realizam de diversas formas hoje. Trabalhadores veteranos e novatos se encontram, centenas de pessoas trabalhando antes, durante e depois para que o evento funcionasse perfeitamente, nas mesas do salão amigos e familiares, companheiros de trabalho de cá e de lá, também pessoas simples que tiveram a oportunidade de participar vendo seus filhos se apresentando e recebendo muitos aplausos. Nos bastidores muita dedicação em cada detalhe, um evento desse porte, para acontecer, precisa de trabalhadores ilumindados, e dava para ver a grande luminosidade ao entrar ali no arraiá.

Nas unidades da Safrater as festas juninas também movimentaram as ações culturais e educativas, educadores e coordenadores aproveitam para explicar as origens das festas, são promovidas atividades internas e confraternizações com o tema e todos fortalecem seus laços e aprendem com as festividades.


O que conseguimos registar aqui é uma fração do trabalho que é feito na Casa do Caminho e na Safrater, lembramos dos antigos trabalhadores que também sabiam da importância dos eventos para integração de pessoas, para alimentar o comprometimento, para arrecadacão de fundos para melhorias estruturais e obras sociais, muitos desses trabalhadores já não estão aqui entre nós mas seus exemplos ecoam e seguem inspirando os que seguem na luta diária. Nessas singelas linhas queremos agradecer em memória de todos esses valentes trabalhadores da 1ª hora e também aos trabalhadores da última hora, esses que estão fazendo a obra ir em frente, enfrentando os desafios que se impõe. Seria uma lista incomensurável de nomes e cer-tamente deixariamos de contemplar a todos, e você que lê essas páginas merece o nosso agradecimento, pois se está aí é porque faz parte dessa obra, é um agente transformador, é um personagem importante que pode também contagiar outras pessoas, precisamos sempre de voluntários e de con-tatos para ampliar a rede de ação, cada vez mais as ações da sociedade civil tem tido resultados nas transformações sociais agindo localmente, dando oportunidades, compar-tilhando conhecimentos, munindo de cultura e educação pessoas que antes não tinha acesso a esses valores tão im-portantes. A Safrater é uma OSC que há 50 anos trabalha e acredita nessas ações transformadoras, por trás dessa festa colorida há uma obra social que precisa de todos nós dia-riamente, assim poderemos ter um futuro festivo onde as desigualdades sejam minimizadas.

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