Setembro Amarelo no MOVA: Saúde mental no ambiente familiar

MOVA

O Mova promoveu em setembro uma palestra com foco na conscientização da importância dos cuidados com a saúde mental e prevenção do suícidio. A Psicologa Tharcyane Andrade trouxe uma narrativa acessível e leve para os educandos do MOVA.

A saúde mental é um pilar fundamental da qualidade de vida, tão vital quanto a saúde física. Em um mundo cada vez mais acelerado e com crescentes demandas sociais, promover a conscientização sobre a sua importância e, principalmente, sobre a prevenção ao suicídio, torna-se uma urgência coletiva. O cuidado com a mente não é um luxo, mas uma necessidade básica e um direito que exige atenção contínua.

Cuidando da Mente: Informação Acessível e Rotinas de Bem-Estar

Cuidar da saúde mental começa com informação acessível e a desmistificação de que é preciso estar em crise para buscar ajuda. Todos nós podemos e devemos adotar práticas diárias para o bem-estar:

Rotina de Sono: Manter horários regulares de sono e garantir um descanso de qualidade.

Alimentação e Atividade Física: Nutrir o corpo e movimentá-lo, reconhecendo a forte conexão entre o físico e o mental.

Conexões Sociais: Cultivar amizades e manter laços familiares, evitando o isolamento.

Relaxamento: Dedicar tempo para técnicas de respiração, meditação ou hobbies que ajudem a desligar das preocupações.

Estabelecer Limites: Aprender a dizer “não” e respeitar o próprio ritmo, reduzindo a sobrecarga.

No entanto, o cuidado individual deve ser complementado pelo suporte profissional. É crucial que as pessoas saibam onde procurar ajuda: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços de saúde básica e a linha de apoio 24 horas do CVV (Centro de Valorização da Vida), discando 188, são recursos vitais e acessíveis.

A Força do Acolhimento

e dos Espaços Seguros na Comunidade

Em comunidades que enfrentam vulnerabilidades sociais—marcadas por insegurança, falta de recursos e violência—o estresse crônico e os traumas elevam o risco de problemas de saúde mental, incluindo o suicídio. Nesses contextos, o acolhimento e a criação de espaços seguros de escuta, diálogo e apoio mútuo são estratégias de prevenção poderosas e muitas vezes a primeira linha de suporte.

A importância desses espaços reside no fato de que eles:

Promovem a Validação: As pessoas encontram outras com experiências de vida semelhantes, sentindo-se compreendidas e menos isoladas em seu sofrimento.

Facilitam o Diálogo: Rompem o silêncio e o tabu em torno do suicídio e das doenças mentais, permitindo que as vulnerabilidades sejam discutidas abertamente sem medo de julgamento.

Criam Redes de Apoio: Grupos de apoio organizados por membros da própria comunidade, igrejas, ONGs ou associações locais funcionam como uma rede de segurança emocional, oferecendo um porto seguro e encaminhamento para a ajuda profissional quando necessário.

O cuidado com a saúde mental é uma responsabilidade compartilhada. Ao investirmos na conscientização, na informação acessível e, sobretudo, no acolhimento humanizado e na solidariedade entre pares em nossas comunidades, estamos reafirmando o valor da vida e construindo um futuro mais saudável e resiliente para todos.