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  • Foto do escritorTiãozinho Safrater

Experiência de entregar marmitas nas comunidades e promover nossos benefícios


Safrater distribuiu marmitas doadas por restaurantes participantes do Movimento do Bem. A nossa reportagem presenciou a entrega inicial e conta como foi, vem conferir!

Movimento do Bem mobiliza restaurantes de São Paulo para doação de marmitas

O projeto Restaurantes Movimento do Bem é uma ação que une diversos restaurantes de São Paulo para a doação semanal de marmitas a entidades que fazem o trabalho de distribuição.


A Safrater foi indicada por nosso parceiro Varanda Grill, na pessoa do Sylvio Lazzarini, um dos idealizadores desse projeto com o auxílio incansável da Simone, que integram esse projeto, para fazer com que essas preciosas doações chegassem a quem mais precisa. A experiência da Safrater junto às comunidades e o contato com os seus moradores mais do que a credencia para fazer com que o Movimento do Bem chegue de maneira eficaz aos que necessitam de alimento entre tantas outras demandas. Para entender a logística e viver toda a experiência dessa ação, no dia 18 de agosto acompanhamos uma equipe da Safrater com o objetivo de distribuir 400 marmitas – cedidas pelos restaurantes Due Cuochi (150 marmitas) e Rodeio SP (250 marmitas).



O ponto de encontro foi numa travessa da Av. Professor Roberto Marinho. As comunidades escolhidas para essa ação estavam ao entorno da região próximo ao CETECC, uma das nossas unidades.

Facilitador


Ali, a equipe de nossa reportagem teve acesso ao Daniel, já conhecido da Safrater, líder comunitário respeitado nessas comunidades, que estava empolgado com a ação, afinal ele conhece de perto todas as angústias e necessidades das pessoas dessas regiões. Ele nos contou mais sobre projetos culturais que participa e que dão oportunidades para as pessoas desenvolverem os seus talentos.

Ter uma pessoa como Daniel acompanhando a equipe foi fundamental para sermos bem recebidos nessas comunidades, isso fez toda a diferença para que a ação da Safrater tivesse sucesso com segurança.



Daniel, líder comunitário

Morro do Piolho


Nossa conversa foi pertinho do caminhão baú que guardava as marmitas doadas, tudo muito bem organizado. O aroma estava abrindo o apetite. Tudo pronto, equipe completa, com a coordenacão da Eleonora e Ivone, diretoras da Safrater, assim partimos para a primeira entrega no Morro do Piolho, comunidade localizada na Rua Cristovão Pereira, na zona sul, próximo à Av. Jornalista Roberto Marinho. Poucos minutos depois de contornar alguns quarteirões, adentramos numa rua de onde já podíamos ver um grupo de pessoas nos aguardando. Daniel foi recebido com acenos por todos os lados, uma bancada já havia sido previamente montada ao lado de um barraca onde se viam algumas mulheres lavando pratos e algumas folhas para salada. No outro lado da rua, outras mulheres estendiam roupas e havia uma máquina de lavar no meio da rua. Daniel nos informou que em julho parte do Morro do Piolho foi atingida por um incêndio e cerca de 120 moradias foram afetadas. Rapidamente percebemos o aspecto de acampamento que se configurava ali, o que nos tocou profundamente.



A entrega foi feita de forma extremamente organizada

Com as marmitas empilhadas, formou-se uma fila bem organizada, era hora do almoço e nada melhor que receber uma quentinha caprichada. Enquanto as marmitas eram distribuídas, Daniel nos convidou a ver a dimensão do incêndio que há pouco mais de um mês atingira a comunidade.


Foi com tristeza que chegamos a uma clareira de onde se via barracos destruídos como um cenário de guerra. Homens trabalhavam recolhendo os escombros enquanto outros erguiam novos barracos. Daniel convoca todos ali para retirarem as marmitas, alguns vieram apressados, outros seguiram empenhados na reconstrução dos barracos.



Pelo menos 120 moradias afetadas pelo incêndio em julho de 2022

Rocinha Paulistana


Seguimos para a próxima comunidade, a Rocinha Paulistana, no fim da Av. Roberto Marinho, no Jabaquara, ainda na zona sul. Os primeiros moradores que se instalaram ali começaram a criar porcos e cavalos. Por isso, aos poucos, a região passou a ser chamada por eles de Rocinha.


As características são parecidas, uma rua estreita em declive que vai se afunilando e termina num galpão que leva a um labirinto de barracos. Daniel, igualmente cumprimentado por todos, entrou por esse galpão e em poucos minutos voltou seguido por um grupo de pessoas.

Então, formou-se uma fila atrás do caminhão para as pessoas receberem as marmitas. Algumas abriram a marmita, com a tampa de isopor fizeram uma “colher” e se sentaram no meio fio para se alimentar; outras pediram mais de uma marmita para levar a familiares.



O que chamou a atenção na Rocinha foi que crianças bem pequenas vieram

sozinhas pegar as marmitas. Na fila, todos agradeciam e se via nitidamente o quanto aquela ação proporcionava alegria.



Enquanto as marmitas eram entregues, Daniel convidou Maurício, Presidente da Safrater que integrava a equipe dessa ação, a entrar no galpão. Foi um momento muito especial, eles entraram em meio aos barracos e foram minutos longos até que voltassem.


Não havia muito tempo para comentários quando Maurício voltou, já era hora de seguirmos para a nossa última parada, mas era claro a expressão de quem tinha visto um cenário desolador e de extrema miséria.




Beira Rio 1


Ao final da ação a equipe da Safrater era só sorriso

A poucos minutos dali já estávamos na Comunidade Beira Rio 1, também no Jabaquara. O caminhão estacionou e Daniel desceu já sendo cumprimentado por todos. Acenou a todos os lados e convocou o pessoal para pegarem as marmitas. Essa era a última parada e havia ainda boa quantidade de marmitas, mais uma vez as pessoas da comunidade se posicionaram em fila e uma a uma foram recebendo as doações tão preciosas. Nosso facilitador Daniel entregou a última marmita e trazia no semblante a vibração de quem ainda tinha fôlego para percorrer ainda mais comunidades que conhece e que certamente precisam desse cuidado e da oportunidade de saber que bem perto existem alternativas para se desenvolver por meio dos cursos da Safrater. A equipe que participou desta ação também era só sorriso, e não era para menos, só quem vivência uma experiência dessas sente o bem que faz.


“Vara de pescar”


Nas três comunidades, a equipe da Safrater entregou também um folheto informativo sobre todas as suas atividades, os cursos gratuitos que possibilitam oportunidades de aprendizado, novas relações com outras pessoas, um ambiente de trocas positivas que abrem perspectivas além das vielas estreitas que os cercam. Afinal, uma ação pontual nas comunidades resolve a fome daquele dia e isso é uma oportunidade imperdível de “dar o peixe”, mas também dar a oportunidade de adquirir a “vara de pescar”.



Folheto da Safrater convida para oportunidades de transformação

Cada um tem um talento especial, é preciso lançar os holofotes nesses talentos para que essas pessoas que receberam a marmita naquele dia tenham condições de descobri-los, desenvolvê-los e usá-los para transformar as suas vidas e as de outras pessoas ao seu redor.


Daniel, nossa ponte até a ultima marmita

Os restaurantes que integram o Movimento do Bem iniciam esse movimento, a Safrater e outras entidades dão continuidade, fomentando o desenvolvimento de talentos. E é assim que juntos podemos mudar as realidades dessas comunidades!

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