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  • Foto do escritorTiãozinho Safrater

CONHECENDO O BAIRRO DA LIBERDADE

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Um passeio pela história de um dos bairros mais tradicionais de São Paulo com a oportunidade de apreciar aspectos culturais, diversidades e histórias ancestrais.

As atividades de campo, com visitas a pontos turísticos e bairros históricos, oferecem uma experiência enriquecedora para os alunos de cursos técnicos, especialmente aqueles provenientes de comunidades. A imersão na arte, cultura e história presente nesses locais proporciona diversas oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal.


Ao visitar museus, galerias de arte e ateliers, os beneficiários podem observar e analisar diversas obras de arte, desde pinturas e esculturas até grafites e instalações. Essa experiência contribui para o desenvolvimento do senso estético e da capacidade crítica, permitindo que os alunos compreendam as diferentes técnicas, estilos e mensagens transmitidas pelas obras.


No dia 10 de maio a turma do curso de qualificação profissional, sob a orientação de Leticia Bezerra, foram conhecer o tradicional bairro da Liberdade dando início às atividades relacionadas ao componente do tema “ Arte e Cultura”. A proposta dessa atividade foi trabalhar as questões relacionadas à diversidade cultural, imigração, história da população negra e história de São Paulo.


Antes mesmo de ganhar o nome Liberdade, quando ainda era conhecida como “Bairro da Pólvora”, a região era majoritariamente ocupada por pessoas negras. O que conhecemos hoje por Largo da Liberdade, por exemplo, era antes chamado de largo da Forca, visto que era o local onde escravizados fugitivos eram executados após serem condenados à pena de morte. Além disso, o Cemitério dos Aflitos, construído entre 1774 e 1775, é outro importante ponto para entender a história da região. Situado entre a Rua dos Estudantes, a Rua Galvão Bueno, a Rua da Glória e a Radial Leste, o local a céu aberto era reservado ao sepultamento de escravizados, indígenas, e de condenados à morte na forca. Com a inauguração do Cemitério da Consolação, em 1858, o espaço parou de ser utilizado. Dessa forma, somente a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos ainda está preservada.


A experiência da turma para conhecer o bairro da Liberdade já começou pelo trajeto, que foi feito de metrô. Ao chegarem eles foram visitar a Estátua da sambista negra Madrinha Eunice. Dançando, com saia rodada, turbante, colares e pulseiras. É assim que está retratada, em uma escultura de bronze de aproximadamente 1,70 m de altura e 60 cm de largura, a sambista Madrinha Eunice, homenageada com uma estátua, na Praça da Liberdade, no centro de São Paulo. Sambista e ativista do movimento negro, Deolinda Madre ficou conhecida como Madrinha Eunice por batizar dezenas de crianças. Foi fundadora da Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva da Escola de Samba Lavapés Pirata Negro, a mais antiga da capital paulista ainda em atividade, e é considerada um símbolo do carnaval paulistano. Os beneficiários fizeram alguns registros de imagens pelo celular e seguiram para a Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados. Ali eles exploraram o material informativo disponível no local e registraram os elementos presentes que chamaram mais a atenção. Foi promovida uma roda de conversas sobre a representatividade da população negra no espaço. Depois a turma foi para o jardim oriental onde puderam degustar doces e salgados típicos orientais do bairro, nesse momento foi introduzido os aspectos da imigração oriental que ocorreu no bairro na 2ª Guerra Mundial.



A última parada foi a Galeria do Rock. O Centro Comercial Grandes Galerias, edifício projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias, foi inaugurado em 1963, mas talvez ninguém saiba indicar o caminho se você perguntar por este nome. Todos o conhecem como a famosa Galeria do Rock, que ganhou esse apelido por causa das lojas de artigos musicais. São 450 lojas de várias especialidades onde você encontra raridades e produtos exclusivos. A diversidade está muito presente no local, onde circulam cerca de cinco mil pessoas diariamente. A Galeria tem uma entrada pela Rua 24 de Maio, 62 e outra pela Av. São João, 439, e a estação de metrô mais próxima é a República.


Na galeria do Rock a turma foi aberta uma conversa sobre cultura urbana e da singularidade de cada região, foi uma experência incrível para todos.



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