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SAÚDE da MENTE

Foto do escritor: Tiãozinho SafraterTiãozinho Safrater

ética e cidadania

Um olhar amplo sobre a saúde nos aspectos sociais e espirituais para melhor guiar os adolescentes no caminho do crescimento com equilíbrio e consciência.

No dia 8 de outubro foi promovida uma palestra sobre saúde ministrada pelo Dr. João José de Souza Prado, voluntário da oficina de Ética e Cidadania. O tema foi abordado de forma ampla ao falar de saúde, adotando uma classificação sob os aspectos físico e mental, sendo a saúde mental compreendida como saúde social e saúde espiritual. Assim, foi possível dissecar o tema sob 3 aspectos, independentes e complementares:


  • Saúde física

  • Saúde social

  • Saúde espiritual


O objetivo principal da palestra era abordar o tema da campanha “Setembro Amarelo” de prevenção do suicídio, dando mais ênfase à saúde social por ser exatamente um dos assuntos que mais provocam sofrimento, angústia, ansiedade e depressão nesta fase de crescimento. Na adolescência os incômodos físicos são menos frequentes e ganham muita importância as dores originadas pelo processo de aceitação, reconhecimento e interação social. São dores intensas que causam muito sofrimento e depressão e que são pouco visíveis porque são geralmente ocultadas pelo adolescente, ou nem mesmo entendidas por ele. Ele não se sente confortável em falar sobre isto e sofre sozinho, frequentemente sem compartilhar com amigos ou familiares, salvo raríssimas exceções. Nesta fase de descobrimentos, o adolescente tem que aprender a aceitar a si mesmo, seu corpo e seu modo de ser, ao mesmo tempo em que luta por ser aceito e reconhecido pelo seu grupo de relacionamento. Neste período, este reconhecimento e aceitação muitas vezes se tornam mais importantes do que as opiniões e conselhos dos pais, dos familiares ou dos professores.



Superar esta fase com sucesso é um desafio que só se alcança com manutenção da autoestima e valores pessoais muito solidificados, valores estes principalmente adquiridos em família e complementados por professores bem orientados e pela religiosidade. Quando falta esta transmissão de valores nos lares, o papel dos professores se torna especialmente importante.

A convicção de que somos seres únicos, fruto de uma evolução de bilhões de anos, que o ser humano, como afirma a ciência, iniciou a sua caminhada lá nos seres unicelulares nas águas profundas dos oceanos, no início da vida animal e evoluiu até termos a forma que hoje utilizamos, dá a cada indivíduo um significado mais claro da importância de sua existência. Saber que é portador de uma bagagem genética que carrega milhões de anos de experiência acumulada dá a todos a certeza de ser único em toda a criação, de que não há em todo o universo nenhum outro ser que tenha tido a mesma trajetória e isto está nos seus genes gravados de forma indelével.


Neste ponto da evolução do ser humano, já muito distante dos primórdios da vida animal em que ele já domina a capacidade de raciocinar, interagir e criar, ele começa a se perguntar: de onde vim, para onde vou, qual a razão da vida? Não ter respostas a estas perguntas deixa-o angustiado, sem um sólido objetivo e não consegue perceber o valor e a finalidade da própria existência.


Em busca destas respostas o ser identifica em si mesmo a necessidade de um outro alimento, que não é mais para o seu corpo físico, é para a sua essência, para o seu espírito. Nesta procura encontra as diversas religiões com diversos tipos de respostas e, ao identificar aquela que mais o atende, começa a desenvolver a sua religiosidade. A Constituição de 1988 assegura a todos os cidadãos brasileiros o direito à livre escolha religiosa, através do seu Título II Capítulo I artigo 5º inciso VI.


A compreensão de que deve existir um Ser superior, uma Divindade, algo inteligente que coordena e organiza todo o processo e evolução dos seres e da vida nas diferentes formas pode lhe dar as respostas de que necessita. Reconhece que o acaso não cria de forma ordenada e que se há efeitos inteligentes é porque houve causas inteligentes que os originaram.


Esta busca é o desafio mais significativo e também mais sublime de toda sua existência multimilenar, ela o conduzirá para um novo tipo de evolução, a evolução espiritual. Não há como evitá-la e desistir desta procura o deixará atônito, desesperançado e sem conseguir valorizar a própria vida.


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