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Encontro promove reflexões sobre o tema do papel da família na educação dos filhos

Foto do escritor: Tiãozinho SafraterTiãozinho Safrater

A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação e o cuidado dos filhos, bem como a responsável por influenciar o comportamento dos mesmos no meio social.


O papel da família é relacionado com a socialização. Nesse processo são transmitidos os valores morais e sociais, bem como as tradições, os costumes e os conhecimentos perpetuados através de gerações. Com o objetivo de ampliar os conceitos dos valores familiares e coletar dos participantes as suas ansiedades no sentido de demonstrar formas de prevenção das atitudes violentas em nossa comunidade, no dia 25 de abril aconteceu no CCA Tiãozinho um encontro com famílais dos beneficiários, abordando entre outros assuntos a prevenção da violência nas escolas e Centro para Crianças e Adolescentes. Ao menos 56 pessoas, entre elas pais, mães e avós representando os pais que não puderam estar presentes, participaram do encontro.


Luciana Pini Sapata Wehba, diretora voluntária da Safrater e voluntária para Oficina de Ética e Cidadania no CCA, foi convidada para ministrar o encontro.


Criando conexões


A ambientação do encontro organizou o espaço de forma a criar uma grande roda, para que todos os participantes conseguissem fazer contato visual, se reconhecendo como integrantes ativos e importantes para a condução do diálogo.



Logo em seguida os participantes foram convidados a se apresentarem e identificar verbalmente os nomes dos filhos e o grupo a que pertencem. Em seguida foi proposto um exercício para relembrar quando os pais se conheceram, quando decidiram formar uma família, a gravidez, os primeiros aprendizados dos filhos: aprender a mamar, comer, engatinhar, sorrir, balbuciar as primeiras palavras. A casa já era convidada a adotar outra rotina, as madrugadas de cólica, fraldas e o cheiro de bebe que agora estava por todo o canto. Quando chega a hora de escolher uma creche, poder voltar a trabalhar, ter a segurança de deixar o filho em um lugar onde os cuidados seriam muitos para que a criança pudesse aprender a conviver, se alimentar e brincar com outras crianças. Não poderia ser qualquer lugar. A busca traz ansiedade. A primeira escola, o núcleo. Agora o aprendizado não vem somente da família, mas de toda a comunidade que a criança participa, a professora, os amigos, os costumes, as regras. Tudo muito importante para o desenvolvimento e compreensão desta criança no mundo do qual pertence.


Olhar (cuidar) constante


Para o CCA Tiãozinho - Safrater é uma honra cuidar e auxiliar a educar as crianças de Americanópolis. Somos gratos pela confiança. Esse trabalho em rede pelas crianças deve ser valorizado e exercitado. Os lugares que elas ocupam trazem muitos ensinamentos e também conflitos. Quem será meu amigo, com quem vou brincar, que roupa vou usar, falei isso e não agradou meu colega, me disseram aquilo e eu fiquei chateado, não consigo fazer a lição, me acalmar para participar da atividade, me chamaram de ...e lá vem os apelidos, meus amigos fazem isso ou aquilo, quero fazer também. Todos esses conflitos são aprendizados da vida, aprender a conviver, perceber minhas habilidades e virtudes, o exemplo do outro impulsiona o aluno a tentar a fazer melhor. Todas essas vivências trazem pensamentos,


conflitos, entendimentos e desentendimentos, frustrações e também alegria de se superar. Eles querem compart ilhar o que está passando na cabeça deles, nos sentimentos. Como anda o tempo que dedicamos para o convívio familiar, para escutar com qualidade as conquistas e angústias naturais desta fase do desenvolvimento?


Exemplos cotidianos


Foi proposto a leitura de um livro chamado “Agora não Bernardo”, que mostra um garoto tentando conversar com os pais que estão ocupados e não tem tempo para ouvir o filho que é materialmente bem tratado, tem casa, comida, cama arrumada, mas não encontra uma coisa em sua casa: o diálogo.


Foi aberta a palavra aos pais que se sentiram à vontade para compartilhar as conquistas e dificuldades do convívio familiar, a correria do cotidiano, a casa, marido, trabalho. Houve quem falou da lição de casa que a professora passou, que era dar um abraço todos os dias e que isso virou um hábito, e quando não ocorre, a mãe sente falta;



Todos queremos escuta, atenção, amor.


“ Participar dessas palestras é muito importante para saber o que esta acontecendo com nossos filhos, perceber suas mudanças de comportamentos e tentar saber o que pode estar causando e o mais importante saber como podemos estar ajudando. Marli de Oliveira Ramos – Mãe do usuário José Wilker Oliveira Arruda (grupo 1 tarde)

A oportunidade desse encontro leva luz a assuntos extremamente urgentes em nossa sociedade atual, sobre a necessidade de se abrir diálogos, de participar com interesse da vida de cada integrante da família, ouvir com atenção e buscar soluções conjuntas. Luciana que conduziu o encontro ressalta:


“Valorizemos o tempo em família, cultivem um momento por semana para estar com os filhos, fazer uma atividade prazerosa com eles, encontrando na família um porto seguro, amoroso, onde eles consigam compartilhar os sofrimentos que passam e que pode ou não precisar de um olhar mais atento.


Quando não conseguir entender o filho, o sofrimento que ele traz, busquem auxílio na rede de convívio. Temos aqui famílias que também podem ajudar, podemos buscar na escola esse apoio, bem como aqui no CCA , a gerente Cida , a Vilma assistente técnica estão aqui e conhecem o filho de vocês, podem ajudar ou auxiliar a buscar um caminho. Esse olhar cuidadoso e atento é prevenção ao uso de drogas, ao abandono dos estudos e da violência.


Quanto tempo seus filhos passam no celular, nos jogos de vídeo game? O que eles assistem na TV? Vocês seriam capazes de deixar seus filhos sozinhos na praça da Sé? Tem gente boa lá, mas tem pessoas que não têm boa intenção também. Com quem e por quanto tempo seus filhos ficam nos chats de jogos online? Você já jogou com seu filho? Será que temos que proibir o jogo?


Os pais deram a resposta que não, mas que o controle e o limite devem ser estipulados.


Comentamos do medo de dizer não e do trabalho que isso dá. Não podemos ter medo de ser pais e educadores, eles vão tentar fazer o que eles querem, cabe a nós educar. Abordamos também o tipo de notícia que dá ibope dentro de casa, se os noticiários que mostram crimes, que repetem inúmeras vezes como matou, a maldade, a crueldade utilizada. Se um jovem não estiver bem, estiver precisando de atenção e verificar que é assim que as pessoas olham para ele, ele pode desenvolver o hábito de chamar a atenção pelos maus hábitos. No final, o que queremos é ser olhados e como na história podemos virar “ monstros” para conseguir o olhar de quem está próximo.”

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